Sebastião da Gama dá nome a comboio da Fertagus

Sebastião da Gama foi evocado numa cerimónia realizada na estação ferroviária de Coina, com a presença do vereador da Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina, na qual um comboio da Fertagus foi batizado com o nome do poeta azeitonense.
“É um gesto muito nobre da Fertagus, num ano em que se comemora o centenário do nascimento de Sebastião da Gama. A atribuição a um comboio do nome de um dos poetas maiores de Setúbal e Azeitão dá ainda mais dignidade a estas comemorações”, sublinhou Pedro Pina no evento do 25.º aniversário da empresa concessionária da travessia ferroviária do Tejo.
Para o autarca, esta é “uma forma de promover a leitura de uma referência da cultura do país, de Setúbal e de Azeitão em milhares de cidadãos que todos os dias viajam de comboio, tornando também a viagem mais interessante”.
A presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo, considera que o dia de hoje “é muito marcante para os azeitonenses e setubalenses”, pois a Fertagus “escolheu um poeta do concelho para dar nome a um comboio que todos os dias transportará milhares de pessoas”, levando-as a descobrir quem é Sebastião da Gama.
O comboio, que já circula entre Setúbal e Lisboa, ostenta o nome do poeta acompanhado do verso “Meu caminho é por mim fora”, do poema “Itinerário”, e do símbolo das comemorações do 25.º aniversário da Fertagus.
A cerimónia contou com as presenças da presidente do conselho de administração da Fertagus, Cristina Dourado, e do Bispo de Setúbal, Américo Aguiar, que batizou a composição ferroviária e desejou que esta iniciativa “contribua para perpetuar a memória de Sebastião da Gama”, opinião partilhada pelo presidente da Associação Cultural Sebastião da Gama, Lourenço de Morais, que realçou o facto de esta ideia, “há muito esperada”, de ter o nome de Sebastião da Gama num comboio tem razão de ser. “Ele era um utilizador do comboio e tem três poemas sobre comboio. Além disso, no “Diário” há uma referência muito específica sobre uma viagem realizada neste transporte.”
A cerimónia incluiu a declamação, por João Completo, de 3 poemas do poeta, acompanhado pelo quarteto da Orquestra Nova de Guitarras.