O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, reafirmou, a preocupação com as condições da Escola Básica de Azeitão, transferida da administração central para a autarquia, e com a morosidade das obras.

O autarca recordou na cerimónia de comemoração dos 50 anos da Escola Básica de Azeitão, de 2.º e 3.º ciclos, que foi “sob protesto” que o município aceitou, a 1 de abril de 2022, as transferências do Governo na área da educação.

Ao fim de mais de um ano e meio, “as preocupações da Câmara Municipal são grandes e mantêm-se”, sobretudo no que diz respeito às condições dos estabelecimentos de ensino que em 2019 “já eram considerados de necessidade de intervenção prioritária”, como são os casos da Escola Secundária du Bocage e das escolas básicas de 2.º e 3.º ciclos de Azeitão, de Aranguez e Barbosa du Bocage.

“Estamos em 2023, já passaram quatro anos, e ainda não sabemos quando é que estarão criadas as condições para podermos intervir nestas quatro escolas”, assinalou o presidente do município.

André Martins adverte que o Governo “continua sem esclarecer aspetos relacionados com financiamento” e que qualquer projeto tem de passar pelos procedimentos morosos da administração pública.

Neste contexto, apontou o autarca, a questão que se coloca é saber “como é que estas escolas vão resistir e como é que os alunos, os professores e demais trabalhadores vão viver durante estes anos todos”.

Já a presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo, considerou que se é “preciso alunos com mais competências”, são necessárias “salas de música com mais qualidade e com os instrumentos necessários e laboratórios” para as aprendizagens.

Sónia Paulo defendeu ainda que a construção de 50 anos futuros da Escola Básica de Azeitão passa pela união de todos, “de exigir a quem de direito a construção de uma educação mais forte em Azeitão”.